ORALIDADE E CONSTRUÇÕES IDENTITÁRIAS: O TRABALHO COM PODCAST NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Oralidade. Construções identitárias. Podcast.
A prática da oralidade no processo de letramento escolar, infelizmente, é pouco valorizada em relação à escrita por conta da própria tradição escolar bancária que privilegiou ao longo dos séculos o escrito, deixando a oralidade em segundo plano, ou até mesmo ausente em sala de aula como instrumento de aprendizagem. A partir dessa contradição no ensino, o trabalho tem o objetivo de produzir conhecimentos em forma de um produto educativo a partir da oralidade como prática social no formato de podcast para o ensino e aprendizagem da Língua portuguesa que visa o fortalecimento das construções identitárias por meio das narrativas orais. Amparamo-nos em Ong (1982), Marcushi (2008), Botelho (2012), para abordarmos a oralidade, Soares (2012) para o letramento, Dolz e Schneuwly (2004) para gêneros orais, Bunzen (2011), Malerba (2017) em relação a oralidade nos documentos oficiais, Giddens (2002), Bortoni-Ricardo (2005), Bagno (2007), Castells (2008), Woodward (2014), Haal (2020) no que tange a discussão teórica sobre construção da identidade e Kischinhevsky (2016), Medeiros (2005) para o podcast. A metodologia teve uma abordagem mista, uma pesquisa exploratória, bibliográfica e documental. A técnica escolhida para a coleta de dados foi o questionário por meio do google forms. O resultado da pesquisa possibilitou a construção do produto – oficina – para elaboração do produto final – podcast. Este produto servirá de subsídio para os professores trabalharem com a oralidade nas aulas de Língua Portuguesa no E. M. Nesse sentido, a pesquisa apresenta uma contribuição para o ensino da oralidade na educação básica e traz o produto educativo com o propósito de fazer o aluno produzir textos pertencentes ao gênero podcast e refletir sobre suas tradições orais e suas narrativas identitárias, considerando-se as práticas sociais em que surgem, se difundem e se perpetuam.