Este artigo apresenta os resultados da pesquisa intitulada “Círculo Poético: a Voz da Poesia em Poemas na Sala de Aula”, que teve como principal objetivo a construção de um Produto Educacional que pudesse contribuir com a pedagogia de professores de Língua Portuguesa no que concerne ao incentivo dos alunos do 9º ano à prática e ao gosto por textos literários por meio de poesias contidas no gênero poema. O trabalho investigativo fundamentou-se nas contribuições de Antunes (2009), Cândido (1995), Cosson (2021, 2021a, 2021b), Lajolo (1993), Pinheiro (2018) e Soares (2001), que subsidiaram o aporte teórico. O método de pesquisa utilizado foi o da pesquisa-ação, com abordagem qualitativa. Como resultado da aplicação do Produto Educacional, percebemos que é possível estimular os alunos para o gosto pela leitura literária por meio da prática de leitura de poesias, contribuindo, assim, para uma formação de leitores literários.

O trabalho faz uma análise acerca do modo tradcional de aprender e ensinar literatura no ensino básico.

O presente artigo traz uma relevante discussão sobre o uso das novas mídias na educação e apresenta o gênero podcast para o ensino da oralidade, por meio da apropriação do gênero poema para a produção nas competências orais . Para fundamentar a pesquisa, o fio condutor foi permeado pelos pressupostos teóricos de: BAKTHIN, 2003, MARCUSHI, 2003; 2005; 2010, CARVALHO, 2018, ANTUNES, 2003, BNCC, 2017; 2018, PINHEIRO, 2007, PAZ, 1996 entre outros. O desenvolvimento do projeto de ensino se deu em quatro etapas, com  abordagem quantitativa e a pesquisa-ação com uma turma do 9º ano do Ensino Fundamental. O processo de coleta de dados iniciou com questionários e a produção textual de poemas, as produções são constituídas de poesias orais, as quais foram registradas em áudio, produzidos pelos discentes para a produção de podcasts, produto educacional final. Os resultados demonstram que  agregar novos conhecimentos em relação a inserção das novas tecnologias nas práticas pedagógicas, em especial, do gênero podcast, contribuiu significamente para o desenvolvimento da habilidade oral e suas competências.

PENA, WALDINETT NASCIMENTO TORRES. A Ressignificação dos saberes linguísticos via vídeos educativos. 2022. Trabalho de Conclusão do Curso de Pós-Graduação em Ensino de Língua Portuguesa e suas respectivas literaturas – nível Mestrado Profissional- Universidade do Estado do Pará, Belém/Pará, 2022.

Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que objetivou a construção de um produto educacional, consolidado em vídeos educativos, com foco na ressignificação dos saberes linguísticos no contexto educativo, O norteamento dessa pesquisa girou em torno da preocupação de como a utilização de recursos midiáticos, no caso os vídeos, como meios facilitadores da aprendizagem poderiam contribuir para o aprimoramento da competência dos alunos tendo em vista a pré-disposição do sujeito atual a essas ferramentas. A pesquisa exploratória e descritiva, de natureza aplicada, com abordagem quanti-qualitativa, foi subsidiada pelos princípios teóricos de autores como: Maria Helena de Moura Neves (2008), Irandé Antunes (2007), Dillinger (1991), Coutinho (2011), Traváglia (2005), Faraco (2008), Matos e Silva (2005), entre outros  O produto construído foi planejado, construído  e aplicado  com vistas à validação como uma nova abordagem para o ensino de língua, que induza um  reavaliar de visões acerca dele, com um olhar focado na obtenção de resultados produtivos no processo de aprendizagem. Após a coleta dos dados, a construção e aplicação do produto e validação da questão norteadora foi possível observar a importância de um ensino de língua atrelado às habilidades e competências inerentes ao sujeito do hoje, sendo esse nativo digital.

Este artigo é fruto do trabalho realizado em uma turma de 6º ano do Ensino Fundamental na cidade de Ananindeua (PA) e faz parte de uma pesquisa desenvolvida no Programa de PósGraduação em Ensino de Língua Portuguesa e suas Respectivas Literaturas (PPGELL), da Universidade do Estado do Pará (UEPA). A proposta colocada em prática teve como objetivo uma abordagem do ensino de literatura por meio de contos de fadas, resultando na criação de textos multimodais como e-book e podcast pelos alunos, tendo em vista a leitura por prazer dentro e fora do ambiente de sala de aula, bem como a utilização da tecnologia como instrumento para alcançar a finalidade proposta. O trabalho teve aportes teóricos de variados autores que versam sobre Literatura e Formação de leitores, como por exemplo Antônio Cândido (1985) e Rodrigues-Bastos (2013).

Há alguns anos as metodologias de estudo veem sendo reduzidas à leitura, exercícios básicos e exposição oral, pesquisas sem técnica têm sido demonstradas, umas separadas das outras, logo há uma necessidade de apresentar elementos metodológicos que ampliem tais procedimentos. Este trabalho tem por objetivo relatar os resultados da pesquisa que apresentaram os elementos metodológicos para uma formação acadêmica histórico-crítica, com os quais, a partir de uma técnica de leitura, possa-se desenvolver habilidades de elaboração de leitura e pesquisa, enquanto estruturação lógica do discurso científico. Foi uma pesquisa com articulação entre a técnica de leitura analítica (Severino, 2002), a forma de estruturar o raciocínio lógico em língua portuguesa (Garcia, 2000) e os objetivos de uma formação acadêmica histórico-crítica (Saviani, 2003) e o Processo Metodológico Histórico-Crítico de Produção Acadêmica de Maciel e Braga (2008), estes estão ancorados na perspectiva histórico-crítica, é importante ressaltar que a pesquisa teve forte influência desses dois últimos autores, uma vez que eles reestruturam o método.  Como motivação a pesquisa também teve uso do texto literário em sala de aula, associada à tecnologia na Sequência Didática cujo conceito os autores Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) ampliam no trabalho. Nesta pesquisa, obteve-se como resultado a Sequência Didática construída em um E-book: “O texto literário: Percurso da Sequência Didática pelo Método Histórico-Crítico”. Diante disso, volta-se a atenção para o processo histórico-crítico de produção acadêmica, como um processo de formação humana indispensável à sua própria emancipação.

Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que teve por foco demonstrar de que forma a gamificação pode ser um como mecanismo favorável ao ensino pragmático do gênero textual conto, via a aplicação de um produto educacional, que motive o processo ensino-aprendizagem. Os sujeitos da pesquisa foram 42 alunos, de ambos os sexos, integrantes de duas turmas do 8º ano, sendo uma pertencente ao âmbito público de ensino (Vigia/PA) e outra do ensino privado (Belém/PA). O estudo, norteado pela questão “O game, como recurso digital de ensino, funcionará como ferramenta viável para a compreensão dos alunos sobre as nuances da língua materna?”, foi subsidiado por teóricos como Kapp (2012), Schlemmer (2014), Marcuschi (2008), que dentre outros contribuíram, de forma significativa, para a abordagem deste trabalho. A pesquisa foi de natureza aplicada, com abordagem quali-quantitativa e uso da observação direta participante como técnica de coleta de dados. Abrangeu como fases, o planejamento, a observação do lócus da pesquisa, a construção e aplicação do produto educacional, a análise dos dados obtidos nas fases de observação e aplicação e a validação dos resultados

O presente artigo disserta sobre uma pesquisa que objetivou a construção do produto educacional intitulado ‘O gênero textual crônica em um jornada ancestral’, no formato de uma sequência didática, estruturada nos conceitos das metodologias ativas mediadas pelas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs), para a promoção da produção e recepção textual, abordadas  por meio dos multiletramentos e direcionada aos alunos do 8º ano da disciplina de língua portuguesa. Proposta que foi hospedada e originou o site ‘Valorativando: Conexões e Práticas de Ensino de Língua Portuguesa. Para tal estudo, optou-se por realizar       uma pesquisa-ação de abordagem quanti-qualitativa, tendo a ancoragem teórica centrada nas discussões de Antunes(2003), Brasil(2018), Candido(1992), Moran(2018), Rojo(2009), sobre temáticas inerentes ao foco do estudo, o qual incide no ensino do gênero textual crônica por meio da educação ativa e digital  entrelaçada aos multiletramentos. A pesquisa foi norteada pelo questionamento “como minimizar   as dificuldades dos educandos relacionadas à recepção e à produção textual, intensificadas após o período de pandemia da COVID-19?”, e comportou as fases correspondentes ao levantamento do referencial teórico, estabelecimento dos procedimentos metodológicos, planejamento, construção, aplicação e validação do produto educacional. Os resultados da aplicação do produto indicaram que a utilização das metodologias ativas mediadas pelas TDICs na educação  básica, apresenta um norte elucidativo para a transformação competente do caminho de ensino e aprendizagem da língua materna, sendo válida para a proposição da prática de produção e recepção textual integrada aos diversos contextos de uma sociedade multifacetada.

O presente artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que objetivou a construção de um produto educacional visando contribuir para a melhoria do ensino de língua Portuguesa na educação básica. A pesquisa do tipo descritiva, com a abordagem quanti-qualitativa teve como sujeitos alunos da quarta etapa da EJA noturno, e foi balizada pelas ideias de teóricos como: Cosson, Ferrarezi ; Holanda , Halbwachs.

. Teve como problemática o ensino de Língua Portuguesa e para tanto, foi norteada pela seguinte questão: será que o uso e a aplicabilidade de uma sequência didática intitulada; letras e memórias, contribuirá para o desenvolvimento da escrita dos alunos da EJA? A pesquisa foi desenvolvida em um período de seis meses, em que contebplou-se o planejamento, observação, analise dos dados obtidos na observação, a construção, a aplicação, e validação dos dados. Pode-se perceber um grande empenho por parte dos alunos e professor envolvido na pesquisa. Desse modo, constata-se que, de modo geral, as aulas se caracterizaram por um ensino e uma aprendizagem da leitura de textos literários e da escrita para a escola, ou seja, a pesquisa foi realizada com o intuito de mostrar a comunidade escolar o quanto nossos alunos da EJA, os menos favorecidos, são capazes que desenvolver um trabalho de escrita com grande valor pessoal e também escolar.

: O objetivo deste estudo é abordar do webjornal como ferramenta pedagógica no ensino de Língua Portuguesa do Ensino Médio, objetivando desenvolver habilidades de leitura e de produção textual dos alunos. A metodologia adotada foi quanti-qualitativa, utilizando um questionário etnográfico aplicado a trinta e dois estudantes do Ensino Médio em Tempo Integral na Escola Estadual Avertano Rocha, em Belém (PA). As abordagens teóricas fundamentam-se nas contribuições de Rojo (2012), Martins (2022) e Ribeiro (2016), que enfatizam a importância de novas práticas de multiletramentos e a integração de dispositivos móveis no processo educacional. O produto educacional consistiu no desenvolvimento e aplicação de um webjornal por meio de uma oficina estruturada em seis etapas, complementada pela produção de um e-book, abordando temas como oralidade, ensino, webjornal e produção textual. Os resultados demonstram as preferências dos alunos por diferentes meios de comunicação e sugerem a eficácia do webjornal em engajar os estudantes e aprimorar suas habilidades de leitura, escrita e análise crítica. Conclui-se que o webjornal é uma ferramenta dinâmica e eficaz no ensino de Língua Portuguesa, promovendo o engajamento dos alunos na produção do jornal escolar online.

Este artigo descreve os resultados de pesquisa realizada no âmbito da Educação
Básica com ênfase na gamificação da leitura de textos literários. A investigação foi
conduzida dentro do Programa de Pós-graduação em Ensino de Língua Portuguesa
e suas Respectivas Literaturas (PPGELL), na Universidade do Estado do Pará
(UEPA). A motivação para a pesquisa surgiu da constatação tanto de dificuldades
dos alunos para lerem textos literários quanto da falta de interesse dos mesmos pela
leitura. Na tentativa de minimizar o problema, desenvolvemos um Produto
Educacional com o objetivo de, a partir da prática da leitura literária, tornar mais
prazerosas as aulas sobre gêneros textuais. A pesquisa envolveu dezessete alunos
do oitavo ano do Ensino Fundamental II regularmente matriculados em uma
instituição de ensino da rede privada na cidade de Belém, Estado do Pará, Brasil. A
instituição em questão oferecia recursos como biblioteca e equipamentos
tecnológicos, os quais foram fundamentais para o desenvolvimento da pesquisa. O
produto elaborado consiste em um jogo digital caracterizado pela articulação entre
diferentes linguagens artísticas (música, imagem e a própria literatura) no processo
de leitura literária, e é derivado da seguinte questão norteadora: como estimular
alunos do Ensino Básico, especificamente os do Ensino Fundamental II, a lerem
textos literários? No sentido de responder a esta pergunta, realizamos um conjunto
de procedimentos, incluindo observação do ambiente escolar (diagnóstico de
realidade), construção do produto educacional, aplicação desse produto em sala de
aula, análise de dados após aplicação e validação do produto. Com base nos
resultados da aplicação do produto, entendemos que, neste particular investigativo,
a presença do lúdico não apenas favoreceu o desenvolvimento de habilidades de
leitura dos alunos, mas também lhes despertou interesse e pela literatura, de modo
geral. A abordagem da gamificação parece-nos oferecer ambiente dinâmico de
ensino-aprendizagem e vivência literárias, indo além da mera transmissão de
conhecimento ao promover autonomia, colaboração e criatividade entre os
estudantes.

O presente artigo tem o objetivo de apresentar a construção de um produto educacional visando contribuir para melhoria do ensino de língua portuguesa na educação básica, foi subsidiada pelas ideias de teóricos como Kleiman(2002, 2004, 2007), Loureiro (1995), Freire (1981) e outros. A pesquisa do tipo explicativa, com abordagem qualitativa, sendo realizada a etapa da pesquisa bibliográfica e de campo. O trabalho foi desenvolvidoem uma escola pública estadual e teve como sujeitos os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, momentos que contemplaram o planejamento, observação, análise dos dados obtidos na observação, construção, aplicação, análises dos dados obtidos na aplicação e validação dos dados. Constatou-se que o uso de lendas regionais e locais se constitui em uma importante ferramenta para incentivar a leitura e para se compreender a formação e a valorização da cultura amazônica na escola.

Este trabalho faz uma abordagem do uso dos contos Horizonte Silencioso e Marcel, de Maria Lúcia Medeiros em forma cartilha digital como processo de formação de leitores. O mesmo tem como objetivo analisar a importância do uso desta cartilha digital ilustrada como auxílio na formação de leitores em uma turma do 6º ano, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlito Maia, que fica localizada no Acampamento Dalcídio Jurandir em Eldorado dos Carajás, Pará. A cartilha digital foi feita a partir da ilustração dos contos Horizonte Silencioso e Marcel, a mesma é o produto gerado da pesquisa, denominada “Contos de Lucinha” , que foi aplicada na referida turma, da escola mencionada durante o período de um mês. que logo após essa aplicação os alunos envolvidos responderam os
questionários que serviram de base para a constatação dos dados inseridos neste trabalho.

“O ensino de Língua Portuguesa tem se tornado cada vez mais desafiador, tendo em vista as mudanças pelas quais a sociedade constantemente passa e o fato de se estar cada vez mais imerso em um contexto tecnológico e digital que tem interferido na forma de se comunicar, interagir, escrever e consequentemente no processo de ensino e aprendizagem. O presente trabalho aborda os resultados da pesquisa intitulada “Multiletramentos e produção escrita” que teve como objetivo principal desenvolver um Produto Educacional que pudesse contribuir com a escrita dos alunos do Ensino Médio do Instituto Federal do Amapá. Dentre outros autores que subsidiaram este estudo, estão Britto (2007), Mendonça (2006), Soares (2000), Kleiman (1995), Street (2003), Duboc (2012), Rojo (2013), Rojo e Moura (2012) e Dolz, Noverraz e Schneuwly (2011). A pesquisa foi de natureza aplicada, com a análise dos dados de forma qualitativa e utilizando a metodologia da pesquisa-ação (THIOLLENT, 2008). Os resultados desta pesquisa permitiram a criação de um Site Educacional para a organização de um minicurso sobre produção escrita, a partir do estudo do gênero textual propaganda e dos conceitos que caracterizam os multiletramentos

O presente artigo sistematiza proposta de letramento literário para uma turma de Ensino Médio. Abrange como objeto de estudo o poetrix, um gênero poético surgido no final dos anos 1990 que ganhou visibilidade com a ascenção das  reders sociais. Fundamenta-se em autores que  traçam o perfil do público do Ensino Médio e relações com o ensino de literatura – John Palfrey e Urs Gasser (2011), Lajolo (2006) e Rezende (2013), Soares (2009), Rojo (2009), Cosson (2014), bem como em Barzeman (2021) e Bakhtin (2016) que tratam da escrita literária. O método consiste na pesquisa-ação, considerando o intento de mudança de realidade por meio de intervenção amparada no modelo de sequência didática sugerido por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004). A pesquisa da qual se origina este texto leva em conta diagnóstico de contexto no âmbito do qual o texto literário é utilizado não como caminho de entendimento da literatura por ela mesma, incluindo o desenvolvimento de escrita e leitura, mas sim, apenas, como suporte para uma história da literatura. Lança-se mão, na sequência didática, do gênero poetrix, imaginado como possibilidade de exercício da escrita, a curto prazo e sob mediação tecnológica, de maneira a estimular o contato de alunos com a poesia e contribuir para os seus processos de letramento literário.

O processo de aprendizagem escolar de alunos surdos requer a utilização de variados métodos que o ajudarão na inserção na cultura surda e, principalmente no acesso a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), língua natural de pessoas surdas. Nesse contexto a pedagogia visual tem se mostrando relevante quando adaptada para o ensino e a aprendizagem do aprendiz surdo, afinal, a imagem está cada vez mais presente no processo de comunicação social. Assim, a questão central que motivou a realização dessa pesquisa foi saber: Que dificuldades os professores enfrentam ao ensinar Língua Portuguesa para estudantes surdos? A partir da indagação este artigo tem o objetivo de apresentar os resultados de um diagnóstico referente às dificuldades vivenciadas por professores de escolas públicas, quanto ao ensino de Língua Portuguesa em turmas regulares frequentadas por estudantes surdos. Para a realização do diagnóstico, em 2021 escutamos uma amostra de 06 professores de escolas públicas do fundamental II que trabalham ou trabalharam com alunos surdos nos últimos quatro anos. Os docentes foram ouvidos por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas por celular e pelo meet, no qual buscamos informações sobre como ocorria o processo de ensino voltado para alunos surdos e também saber se os professores conheciam e utilizavam pressupostos da pedagogia visual. As análises das entrevistas indicaram muitas dificuldades dos docentes em ensinar Língua Portuguesa para estudantes surdos, assim como revelou o desconhecimento do que é a pedagogia visual para a maioria dos professores. Concluímos que há necessidade de mais investimento na contratação de tradutores de LIBRAS, assim como na formação continuada voltada para a aprendizagem de LIBRAS e metodologias de ensino de Língua Portuguesa, para que de posse desse conhecimento eles possam se comunicar e ensinar melhor a Língua Portuguesa para estudantes surdos. Também há necessidade de maior divulgação sobre a pedagogia visual e como ela pode ajudar no ensino de pessoas surdas. Diante dos resultados do estudo legitimamos nosso interesse em produzir um produto educacional no formato de uma cartilha digital/bilíngue embasada nos pressupostos da pedagogia visual (PV), que será confeccionada com a finalidade de auxiliar professores de língua portuguesa do ensino fundamental no processo de ensino dos alunos surdos.

A prática da oralidade no processo de letramento escolar, infelizmente, é pouco valorizada em relação à escrita por conta da própria tradição escolar bancária que privilegiou ao longo dos séculos o escrito, deixando a oralidade em segundo plano, ou até mesmo ausente em sala de aula como instrumento de aprendizagem. A partir dessa contradição no ensino, o trabalho tem o objetivo de produzir conhecimentos em forma de um produto educativo a partir da oralidade como prática social no formato de podcast para o ensino e aprendizagem da Língua portuguesa que visa o fortalecimento das construções identitárias por meio das narrativas orais. Amparamo-nos em Ong (1982), Marcushi (2008), Botelho (2012), para abordarmos a oralidade, Soares (2012) para o letramento, Dolz e Schneuwly (2004) para gêneros orais, Bunzen (2011), Malerba (2017) em relação a oralidade nos documentos oficiais, Giddens (2002), Bortoni-Ricardo (2005), Bagno (2007), Castells (2008), Woodward (2014), Haal (2020) no que tange a discussão teórica sobre construção da identidade e Kischinhevsky (2016), Medeiros (2005) para o podcast. A metodologia teve uma abordagem mista, uma pesquisa exploratória, bibliográfica e documental. A técnica escolhida para a coleta de dados foi o questionário por meio do google forms. O resultado da pesquisa possibilitou a construção do produto – oficina – para elaboração do produto final – podcast. Este produto servirá de subsídio para os professores trabalharem com a oralidade nas aulas de Língua Portuguesa no E. M. Nesse sentido, a pesquisa apresenta uma contribuição para o ensino da oralidade na educação básica e traz o produto educativo com o propósito de fazer o aluno produzir textos pertencentes ao gênero podcast e refletir sobre suas tradições orais e suas narrativas identitárias, considerando-se as práticas sociais em que surgem, se difundem e se perpetuam.

O contexto atual pandêmico (2020-2021) trouxe a experimentação das múltiplas possibilidades da escrita criativa, com os avanços teóricos, metodológicos e tecnológicos. Configurando-se, neste sentido, um novo quadro para refletir o ensino e aprendizagem da literatura. Entendemos, pois, que esse contexto se mostrou favorável para a construção de uma proposta de formato metodológico contrário da ordem tradicional do ensino de literatura: leitura e depois escrita. Para tanto, realizamos estudos de diversos autores, como: Carla Coscarelli (2016); Chartier (2002); Marcelo Buzato (2006a; 2006b); Mikhail Bakhtin (2013); Perrone-Moisés (2016); Pierre Lévy (2010); e Roxane Rojo e Moura (2019), que nos ajudaram amadurecer a ideia de aprender literatura usando a escrita criativa e tecnologia. A proposta didática realizada em sala multimídia WhatsApp contribuiu para experimentação literária através da prática da escrita de minicontos infográficos e montagem de um ebook como produção literária. Os resultados, entretanto, assinalaram que a sequência didática, com base no letramento digital e literário, não demonstrou efeito quanto à percepção da linguagem estética literária e, mais ainda, indicou a necessidade de uma prática textual que vai além do conhecimento mecânico de metodologias e técnicas de ensino de literatura.  

Erros ortográficos são comuns nos primeiros anos de escolaridade, no entanto, temos observado, enquanto professor de língua portuguesa, que esses erros se estendem para além dos anos iniciais do Ensino Fundamental. O presente artigo tem como objetivo discutir a problemática do erro ortográfico na produção textual de alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e Médio das escolas estaduais no município de Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó (PA) sob o viés do letramento escolar (SOARES, 2004) e da reflexão sobre as práticas de escrita como objetos de avaliação e verificação de erros e, ao mesmo tempo, apresentar o produto de intervenção desenvolvido como atividade obrigatória no âmbito do Metrado Profissional em Letras da UEPA. O objeto da pesquisa foi a análise dos erros ortográficos de uma amostra de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio. Os dados foram coletados de produções escritas em sala durante atividades diversificadas nas aulas de Língua Portuguesa em anos anteriores à pandemia da COVID-19 e fazem parte do acervo da professora. Teóricos como Ferreiro (1985), Antunes (2005), Cagliari (2007), Marcuschi (2008), Roberto (2016) forneceram suporte teórico à pesquisa. Diante disso, voltamos nossa atenção para esses erros ortográficos, procurando compreender quais são as maiores incidências, suas causas principais, que critérios utilizarmos para identificá-los e o que podemos fazer para que nossos alunos superem ou minimizem esses problemas de escrita.

LIMA, Rafael Bittencourt. O instagram como interface educacional para as práticas da leitura e escrita. Trabalho de Conclusão de Curso do Programa de Pós Graduação em Ensino de Língua Portuguesa e suas respectivas literaturas – Mestrado Profissional. Universidade do Estado do Pará, Belém, 2021.

trabalho objetiva relatar os resultados da pesquisa, cujo foco principal incidiu na criação de um ambiente virtual na rede social Instagram como interface pedagógica no ensino de língua Portuguesa. Foi uma pesquisa do tipo descritiva, de cunho bibliográfico, com abordagem quantitativa e qualitativa permeada de  procedimentos da etnografia e/ou etnografia digital e orientada pelos pressupostos de Severino (2007), Antunes (2002, 2003, 2009), Marcuschi (2010), Moran (2014), Xavier (2011, 2013), Soares (2002), Kleiman (1995) dentre outros. Pesquisa motivada pelo reconhecimento de que, nas últimas décadas, diversos estudos e publicações vêm debatendo questões relacionadas ao ensino da Língua Portuguesa dentro de novos formatos, tanto que foi norteada pelo questionamento “É possível utilizar a rede social Instagram, como recurso complementar, no desenvolvimento das práticas de leitura e de escrita?, que caracterizou o trabalho como um estudo voltado para as contribuições dos gêneros digitais, em especial o Instagram. Os resultados alcançados com a aplicação de um questionário constituído de perguntas sobre o uso das TICs e da rede social Instagram no ensino de Língua Portuguesa,  para professores e alunos da 3ª série do Ensino Médio  subsidiaram a construção e aplicação de uma sequência didática, com o intuito de auxiliar docentes no fazer pedagógico inerente à leitura e a escrita por meio do Instagram, além de uma cartilha pedagógica para o uso da mídia Instagram como ferramenta pedagógica.

O presente trabalho surgiu de inquietações acerca de como o espaço escolar está trabalhando os multiletramentos como práticas sociais e discursivas. Temos como objetivo discutir a importância da discursividade e dos multiletramentos para o ensino-aprendizagem. Além de refletir sobre os impactos da pandemia e do ensino remoto para o docente. Utilizamos como recorte teórico-metodológico, os instrumentos propostos pela Análise do Discurso Francesa e as reflexões sobre Multiletramentos presentes em Roxo (2013).  Diante disso, objetivamos também desenvolver um aplicativo que servirá de suporte para o professor, a fim de trazer para a sua rotina maior contato com as ferramentas tecnológicas, aproximando-o da realidade dos discentes e auxiliando-o na prática dos multiletramentos nas aulas de língua materna.

Palavras-Chave: Docente. Tecnologia. Multiletramentos. Práticas discursivas.