Banca de DEFESA: JOÃO FRANCISCO MORENO TEIXEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOÃO FRANCISCO MORENO TEIXEIRA
DATA : 31/01/2024
HORA: 10:00
LOCAL: Remoto via meet
TÍTULO:

YAHERIPONA SÃA - O ENSINO DE HISTÓRIA COMO ÁREA DE CONHECIMENTO PARA REVITALIZAÇÃO ETNOCULTURAL DOS WANANO/KÓTIRIA EM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA- AMAZONAS


PALAVRAS-CHAVES:

Educação Escolar Indígena; Escola Indígena; Ensino de
História; Revitalização Etnocultural. Wanano/Kótiria


PÁGINAS: 97
RESUMO:

Neste estudo, discuto a Educação Escolar Indígena referenciada e intercultural
e a necessidade de que os conhecimentos dos povos Wanano/Kótiria sejam
apreciados pelos seus discentes. As questões norteadoras foram, como eram as
tradições referentes à cultura material e imaterial dos Wanano/Kótiria na
percepção dos anciãos? Os povos indígenas são os únicos responsáveis para
que a escola tenha sentido, ou devem esperar que o Estado crie uma política
educacional que reconheça a importância do desenvolvimento das culturas
ancestrais? A partir da vivencia docente indígena na cidade de São Gabriel da
Cachoeira, território interétnico do Alto rio Negro no Estado do Amazonas na
Amazônia brasileira, aponto o componente curricular de história como campo
fértil de conhecimento para a revitalização etnocultural dos conhecimentos
ancestrais dos povos indígenas. A pesquisa etnográfica se deu na Escola
Khumuno Wu’u Kótiria. Os interlocutores da pesquisa foram professores, alunos
e comunitários que contribuíram para a elaboração do material paradidático: a)
Guia de Orientações Pedagógicas b) videoaula sobre Yaheripona Sãa
(batismo) anexo à dissertação, estes são frutos imersivos propiciados pelas
conexões entre os conhecimentos acadêmicos e saberes ancestrais. No estudo,
concluir que a educação indígena em sala de aula é um campo do saber
fundamental para o estabelecimento das bases para uma sociedade plural;
persistem superficialidades nas abordagens da educação escolar indígena, pois,
o contrário, pode colocar em xeque as certezas epistêmicas estabelecidas na
educação eurocentrada. Proponho que, para avançarmos na efetivação do
intercâmbio de saberes é fundamental que as cosmologias indígenas sejam as
bases dos novos conteúdos para a educação escolar indígena, isto é, que seja
pensada e executada com o protagonismo nosso (povos ancestrais ameríndios)
da mesma forma que os educadores indígenas devem estar preparados para
conhecer as cosmologias da sociedade ocidental, evitando assim tomá-la como
valor universal ou balizadora dos conhecimentos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 57193314 - KATIA MARIA DOS SANTOS MELO
Interno - 54196165 - SHEYLA MARA SILVA DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 57193219 - SEIDEL FERREIRA DOS SANTOS
Externo ao Programa - 5836760 - ANDERSON MADSON OLIVEIRA MAIA
Notícia cadastrada em: 07/02/2024 12:42
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