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SUELY MARIA MELO CHAVES
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Concepções de Alunos do Curso de Medicina de uma Universidade Pública Estadual do Pará sobre o Processo Saúde-Doença
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Orientador : CLEA NAZARE CARNEIRO BICHARA
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Data: 30/04/2015
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A formação médica deve estar ancorada nas Diretrizes Curriculares Nacionais, para que se estabeleçam os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) vigente no país. Nessa estrutura de saúde é necessário que o profissional tenha visão ampla e integradora do processo saúdedoença. As concepções desenvolvidas durante a formação médica são essenciais, uma vez que, nortearão as habilidades práticas no SUS. Este estudo analisou as concepções de um grupo de alunos de uma escola médica estadual no município de Belém-PA, sobre o processo saúde-doença e discute a concepção curricular que utilizam sobre esse processo. Trabalhou-se com estudo exploratório, com uma abordagem qualitativa, analisando as informações em categorias, de acordo com as respostas dos sujeitos, processadas segundo a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Foram entrevistados em outubro de 2014, 15 graduandos regularmente matriculados no 11º período de um curso com projeto pedagógico instituído em 1999, utilizando um questionário com perguntas abertas dentro da temática proposta. Cumpriram-se as seguintes etapas: análise flutuante das respostas dos participantes, identificação das unidades de análise, definição das categorias e interpretação dos conteúdos. De acordo com as categorias analisadas, pode-se observar que este grupo tem as seguintes visões: quanto a concepção do processo saúde-doença julgam que não está centrado somente no aspecto físico, mas sim no estado de bem-estar biopsicossocial; em relação a formação destacaram a necessidade do corpo docente abordar o processo saúde-doença de forma que proporcione ao estudante a visão do paciente de maneira global, visto que a maioria dos docentes apresentou uma prática focada na doença; pontuam a necessidade de uma reformulação das práticas curriculares, onde estas sejam apresentadas previamente, permitindo que tanto professores, como alunos sejam conhecedores das diretrizes do curso, seus objetivos, propostas e metas, e assim possam também se inserir no contexto das novas propostas pedagógicas, de modo ativo, participativo, críticos-reflexivos, atuantes como agentes modificadores de realidades. Desse modo, ao analisar esta amostragem, pautada em um currículo já superado, tanto pelas novas diretrizes curriculares do ensino médico, como pelas próprias demandas sociais, onde o discente ainda atua de modo passivo, e docente permanecem de modo estático a reorientação do ensino, aguardar-se com grande expectativa que a implantação já iniciada do novo modelo de ensino nesta escola médica, permita a mudança dos paradigmas constatados neste estudo.
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