OBJETIVO: Validar um modelo experimental, não animal, para o treinamento de reversão de vasectomia.
MATERIAIS E MÉTODOS: O modelo consiste em dois ductos deferentes artificiais, confeccionados com tubos de silicone, revestidos por uma resina da cor branca, medindo 10 cm de comprimento e diâmetros interno e externo de 0,5 e 1,5 mm, respectivamente. O suporte para os ductos é composto por uma pequena caixa, desenvolvida com ácido polilático, através de impressora 3D. O intuito da invenção é simular o campo cirúrgico de uma vasovasostomia, no momento em que os deferentes foram isolados das demais estruturas do cordão. Para validação buscou-se verificar a aquisição de habilidades em microcirurgia com sua utilização, durante um curso de capacitação envolvendo 5 residentes de urologia de um hospital da região. Foram analisados, ao longo das sessões de treinamento, a velocidade de realização de suturas microcirúrgicas e a quantificação do desempenho através de um checklist. Os dados coletados foram submetidos a análise estatística através do programa BioEstat© 5.4.
RESULTADOS: O tempo médio para realização de suturas microcirúrgicas melhorou consideravelmente ao longo do curso, atingindo um platô a partir do terceiro dia de treinamento (p=0,0365). Com relação ao checklist, verificou-se que, no decorrer da capacitação, houve uma melhora significativa no score de cada participante, atingindo um platô a partir do quarto dia de treino com o modelo (p=0,0035).
CONCLUSÃO: O modelo desenvolvido proporcionou aos participantes do estudo o ganho de habilidades em
microcirurgia, sendo o mesmo apropriado para o treinamento de reversão de vasectomia.